quarta-feira, abril 23, 2008

Dia do Livro e dos Direitos de Autor


É incontornável, o Sr. aí de cima: para o bem e para o mal, num dia como o de hoje, é obrigatório lembrar o nosso maior "escrevinhador" vivo (apesar de mais para lá do que para cá, diga-se), ainda por cima único Nobel da Literatura em língua portuguesa (sem acordo...).
Cruxifiquem-me, mas eu não gosto dele.
Fugindo ao óbvio, lembrei-me dos livros importantes das nossas vidas, importantes até para quem não gosta de ler: a cartilha onde aprendemos o bê-a-bá, o código das estradas, a lista telefónica, os livros de receitas, abundantes em qualquer cozinha, o manual de instruções de todos os aparelhos com mais de um botão e o mais importante de todos, o Livro de Reclamações (porque não o usamos todas as vezes que necessitamos?).
Lembrei-me de um livro que poucos se lembraram de ler e até quem leu com atenção nem sempre o recorda: qualquer manual de ética e cidadania.
Recordei todos os livros que amei ler e os que descubro agora que o pouco tempo obriga a selecções mais rigorosas...
E lembrei-me do único livro até hoje que não consegui ler mais do que quatro páginas, apesar de obra obrigatória para a Faculdade: O ser da compreensão, de Monique Augras. Comecei por não perceber o título...
Contem-me, para vocês qual foi o livro mais detestável de sempre? Não vale o Mein Kampf de Hitler...

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15 Comments:

At 23/4/08 3:33 da tarde, Blogger Isabel Seabra said...

Apesar de todos terem os seus encantos (mesmo os que temos que ler forçados)achei intragáveis os do Paul Samuelson (economia, finanças blurrrgh...)

 
At 23/4/08 4:19 da tarde, Blogger Pitanga Doce said...

Olha, o livro era tão ruim que não lembro ao certo o título. A autora era irmã do Tom Jobim e ela descrevia nos mínimos detalhes um acidente de carro que teve. E durante todo o livro conta das dores e cirurgias e tragédias que se seguiram. E porque comprei o livro? Porque o título não tinha nada a ver com a história. Acho que era Quando os Anjos Choram. Não tenho bem certeza, que já faz tempo.

Agora se queres saber o imbatível, o que ficou marcado? O Outro Lado da Meia Noite de Sidney Sheldon

 
At 23/4/08 4:27 da tarde, Blogger Tongzhi said...

Eu acho que todos se irão recordar de um livro de estudo!
Teoria das antenas e propagação do palhaço do meu professor da altura. Pedro Val Reis!

 
At 23/4/08 6:09 da tarde, Blogger Patti said...

Para já, peço desculpa de estar aqui a colocar um link, mas o facto de não gostar deste livro tem uma explicação um bocadinho grande.
A Pitanga atá já a conhece.
http://aresdaminhagraca.blogspot.com/2008/04/nunca-vos-aconteceu.html

 
At 23/4/08 6:33 da tarde, Blogger Silver said...

Aquele da Margarida Rebelo Pinto, o amarelo, nem me lembro o nome, entrou-me a 10 e saíu-me a 1000 ... :) bjiiinhes azulinhos

 
At 24/4/08 12:01 da tarde, Blogger Unknown said...

Sei la, compro tantos livros, que ja me sairam muitas porcarias pelo caminho...
Mas o codigo do Direito das Obrigacoes, ou la o que era... pffff
Beijos

 
At 24/4/08 12:17 da tarde, Blogger Luisa Hingá said...

O livro de Mercadorias. Quando consegui fazer o exame queimei-o.
Beijos

 
At 24/4/08 12:22 da tarde, Blogger Luisa Hingá said...

E conseguiram acabar de ler o Equador?

 
At 24/4/08 12:31 da tarde, Blogger Álex said...

eu acabei o Equador e gostei ó vizinha aí de cima!
O último que me lembro ter detestado: O mar de Madrid de João de Melo iaccc!

 
At 25/4/08 6:58 da manhã, Blogger Angela said...

Todo e qualquer manual técnico!
Acho que aquele que escreve ou lê manual de ética, deve ser porque precisa dela. Isto não se ensina e nem se escreve, pratica-se e vem do coração.
Agora, Monique Augras foi minha contemporânea na PUC e colega de trabalho no antigo ISOP. Nem imagino o que seja este seu livro, conheces a p'ssoa?

 
At 25/4/08 7:33 da manhã, Blogger Pitucha said...

O Codex 600 e não sei quantos do José Rodrigues dos Santos! Que o tipo não sabe escrever....
Beijos

 
At 28/4/08 7:44 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Eurico o Presbitero...felizmente existiam os resumos da Europa-América que me facilitaram a vida...mas o livro é intragável.

 
At 29/4/08 11:46 da manhã, Blogger APO (Bem-Trapilho) said...

para mim o mais detestável (devem ter sido vários mas assim de repente salta-me logo um à memória) foi "Autobiografia de Lara" de Andrea Rossetti. Uma suposta comédia que simplesmente não termina! a história até se desenvolve de forma inspirada e divertida, leve e escorreita, mas chega à última página e só me apraz fazer um comentário: "Então acabou??? Cadê o resto?" Fiquei revoltada e não voltei a lê-lo. Ao pegar agora nele para ver quem era o autor reparei na dedicatória que o maridao, na altura ainda namorado, me escreveu e chego à conclusão que é o melhor do livro!!! retrata a odisseia que aquele dia, em que o comprei, foi! :) acho que até merece um post. em breve lá no bom feeling! :)
quanto ao Saramago, eu gosto! E muito! Compreendo quem não gosta e não penses que é incomum. De facto a escrita dele nao é muito "normal" e daí a estranheza do reconhecimento pelo Nobel. E foi a partir daí que toda a gente passou a dizer que gosta muito. Eu gosto da escrita marcadamente oralizada e se o leres em voz alta é como que se estivesse ali a conversar contigo. adoro isso! :)
e de livros escolares nem falo, em geral não consigo fazer nada de contra-vontade, só por isto dá para terem uma ideia do que me custou ler todo e qualquer livro recomendado pelo ensino. na universidade entao, com teorias da comunicação, espaços interpessoais e sei lá mais o quê! Direito, técnicas empresariais e tudo ao molho. foi uma misturada de matérias!!!... e um "sofrimento" continuo, mas até curti o de economia: "Não há almoços grátis"! eu que detesto finanças!!!

 
At 29/4/08 7:52 da tarde, Blogger Su. said...

Só tu para perguntares pelo pior e não pelo melhor, na realidade o melhor é sempre difícil de responder, afinal são tantos os bons né?
:)
Ah, mas o pior foi um livro do Sr. ali de cima, Nobel da Literatura em língua portuguesa (sem acordo!), o fantástico "Memorial do convento", tb verdade seja dita não passei da 4ª pagina, que sabe se fosse mais adiante a coisa melhorava, quem sabe, tenho as minhas sérias duvidas!

Enfim, como sou adepta dos livros de reclamações, gstei em especial do texto de hoje, haja mais gente a usar os ditos por favor!!

beijos

 
At 30/4/08 1:11 da manhã, Blogger Dona Betã said...

Pois é... a gente, com a idade, vai ficando mais exigente.
Quando era principiante na leitura, lia tudo tipo "já que gastei a massa no livro, agora tens que ser lido"!
Agora, Azulinha, os livros de cabeceira acumulam-se.
Compro-os umas vezes por influência do que dizem , outras pelos autores, outras por birra, outras porque sim.
Mas ler, ler com prazer, de pegar a não largar, já são poucos. Há muitos e difíceis de enumerar os factores que nos levam a pôr um livro de lado. Pelo menos comigo é assim: se na página 20 começo a ficar alheado e a não saber o que leio, ponho de lado. Já não tenho tempo útil para perder com coisas que me aborreçam.

Se a pergunta fosse qual os mais estimáveis livros que leu, diria sem balbuciar: O Memorial do Convento (do escritor alvo do post), Paradiso de José Lezama Lima, O Nome da Rosa de Umberto Eco, e mais mil e tal, entendendo como leitura a forma superior de literatura que é a arte do romance.

O mais detestável, não sei. Talvez os que nunca comprei e que agora abundam por aí com capas que mais parecem embalagens de chocolates.

 

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