E eu a pensar que era Primavera
Para celebrar a chegada da Primavera e do meu canarinho no ano passado, plantei jacintos. Juntei as crias, luvas, aventais, sachinho, terra preta e adubo e foi uma bagunça de terra e bolbos.
No tempo que durou a visita do canarinho, o verdinho floresceu, as flores lilazes abriram e um cheirinho bom espalhou-se pela varanda e acompanhava os jantares de "saudáveis" primeiro, besteirinha depois, não é tia?
Sem que lhes voltasse a tocar, este ano floresceram mais cedo. Estavam assim na semana passada.
Não tenho coragem de ir à varanda ver como ficaram depois das chuvas e ventos de ontem...
Etiquetas: saudades
7 Comments:
Entao? sao flores! como ouvi dizer, nao ha o "blossom" perfeito, mas todos sao magicos porque efemeros.
E quanto ao tempo, olha que aqui esta bem pior, mas isso nao me deixa nao ver os dias mais longos e as flores que ainda teimam em desabrochar,
beijinhos
Este comentário foi removido pelo autor.
Estou certa de que aguentaram. Vai lá vê-los. Aproveita e vê como vai indo uma certa violeta :-)
voltaram a ficar bem, vais ver que sim!
Se os jacintos não estiverem bem, vão ficar depois, na certa! E o canarinho está lindo e forte, agora com a nova mania de comer tudo light porque não quer engordar, pode isto, tia?
Vai. Quem sabe se não precisam da tua mãozinha?
Há diferenças entre o primeiro mundo e o terceiro (onde será o segundo?? Será perto da "segunda circular? :)) ), flagrantes e outras bem mais subtis. No caso dos jacintos, por exemplo, ocorre-me um primo africano do teu jacinto, vive na água e por isso mesmo se chama jacinto de água. A flor é bonita e até parecida com o teu, mas tem a particularidade de se multiplicar tão rapidamente que eu diria que em 24 horas pode duplicar-se, caule e folhas. Na Europa, esta praga, porque de uma praga se trata, já foi controlada mas em África ainda é um autêntico flagelo. Conheci casos dramáticos na albufeira de Cabora Bassa (hoje resolvidos), no Zambeze no Zimbabwe e no Quanza em Angola. Na chamada África francófona o jacinto de água tem atacado com força, sendo o rio Níger um bom exemplo. Sendo vital para a subsistência de muitos milhares de famílias rurais da África subsariana, o rio Níger está coberto em muitos milhares, disse bem, milhares de hectares de área aquífera na Guiné Conackry, no Mali,no Niger, no Benin e na Nigéria. Sobretudo no Mali, populações inteiras tiveram de emigrar à míngua de alimento (peixe que abunda no rio) e de água, porque o jacinto de água forma autênticos tapetes impenetráveis à tona de água. A única forma de lhes devolver o rio é matar os jacintos com produtos químicos. E têm de ser produtos que não matem os peixes nem os batráquios, além de serem fotodegradáveis. Pessoalmente tenho estado envolvido nalguns destes trabalhos e é uma alegria muito grande saber que muitas aldeias no mato voltaram a ter habitantes. Mas não digas isto alto porque os ambientalistas podem ouvir e desatam para aí a dizer que andamos a poluir o ambiente e a envenenar o rio com aquilo que chamam de fitotóxicos, que é a designação politicamente correcta para os agroquímicos.
Porque é que te dei esta xaropada? Nem sei... talvez pela diferença entre ter um jacinto na Europa e ter de matar milhões de jacintos em África, para poder sobreviver. Mas esta é uma das diferenças entre o tal 1º mundo e o 3º mundo (onde raio ficará o segundo?
Outra razão foi por teres ficado com ciúmes da poesia na Carlota. Prontes, ficaste com uma lição sobre jacinto de água na África subsariana :))
Beijinhos e um bom dia de trabalho, que eu agora vou almoçar.
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