Mães e Filhos

Inês, 7 anos, foi ontem passear ao Museu da Cidade com a turma da Escola:

"Mãe, no jardim do Museu há pavões à solta, são tão bonitos, abrem a linda cauda quando querem namorar. Olha, os pavões não estão em dias de extensão, pois não? Era tanta pena uns bichos tão lindos desaparecerem para sempre..."

Ana, 12 anos, a vestir-se para um concerto:

"Mini-saia preta, mini-blusa vermelha, mini-meias pretas de pintinhas vermelhas. Acho que sou minimalista, não achas mãe?"

Migas, 15 meses, abrindo todas as gavetas da casa e espalhando o seu conteúdo pelo chão:

"Mamãeeeee, mamãeeeeee, mamãeeeee!", sorrindo e batendo palminhas após cada coisa que cai ruidosamente do chão.

Mãe, 45 anos, na menopausa:

"Preciso começar a tomar um calmante..."

Baila comigo!

Dia mundial da Dança, danças comigo? Estou de alma e rabo cada vez mais pesados, mas hoje é dia da dança e vou arriscar um balancê...

Ratoeiras

Há fases na vida assim: hoje sinto-me como o branquinho felpudo aí de cima, mas sem o capacete. Como se o mundo estivesse cheio de gente de sapatos pretos e peúgas turcas brancas, computadores com cortininhas, napperons em cima de todos os móveis, CD's do Tony Carreira a tocar às 7h00 da manhã...

Dia do Livro e dos Direitos de Autor

É incontornável, o Sr. aí de cima: para o bem e para o mal, num dia como o de hoje, é obrigatório lembrar o nosso maior "escrevinhador" vivo (apesar de mais para lá do que para cá, diga-se), ainda por cima único Nobel da Literatura em língua portuguesa (sem acordo...).

Cruxifiquem-me, mas eu não gosto dele.

Fugindo ao óbvio, lembrei-me dos livros importantes das nossas vidas, importantes até para quem não gosta de ler: a cartilha onde aprendemos o bê-a-bá, o código das estradas, a lista telefónica, os livros de receitas, abundantes em qualquer cozinha, o manual de instruções de todos os aparelhos com mais de um botão e o mais importante de todos, o Livro de Reclamações (porque não o usamos todas as vezes que necessitamos?).

Lembrei-me de um livro que poucos se lembraram de ler e até quem leu com atenção nem sempre o recorda: qualquer manual de ética e cidadania.

Recordei todos os livros que amei ler e os que descubro agora que o pouco tempo obriga a selecções mais rigorosas...

E lembrei-me do único livro até hoje que não consegui ler mais do que quatro páginas, apesar de obra obrigatória para a Faculdade: O ser da compreensão, de Monique Augras. Comecei por não perceber o título...

Contem-me, para vocês qual foi o livro mais detestável de sempre? Não vale o Mein Kampf de Hitler...

Parabéns Spirou!

Não são 65, Spirou! Hoje fazes já 70 anos, apesar de continuares com esse teu ar maroto de menino que continua groumet de hotel (nunca te promoveram ao longo destes anos, deve ser porque só te metes em confusão!).

Spirou e Fantásio são personagens de Banda Desenhada franco-belga. Spirou é um jovem aventureiro que se veste de vermelho, e está sempre acompanhado por um esquilo, o Spip.

A personagem do Spirou foi criada por Rob-Vel em 21 de Abril 1938.

Joseph Gillain (Jijé ) é convidado a trabalhar no personagem Spirou (1943 a 1946). Em 1944 Jijé, a pedido de seu redactor chefe, Jean Doisy, cria o personagem Fantásio, um repórter fotógrafo que trabalha no jornal Moustique. Em 1946 Dupuis propõe a Franquin (1946 - 1969), que este trabalhe no Spirou e Fantásio. Esta dupla passa a trabalhar junta em fantásticas aventuras.

Já estão tão crescidos os meus heróis de um tempo em que os belgas dominavam o império da BD! Quantos miúdos conhecem hoje o Spirou?

Bullying

"Entende-se por bullying todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, adoptada por um ou mais alunos contra outrém, causando dor e angústia e executadas dentro de uma relação desigual de poder."

Estamos assim nas nossas Escolas. Azulinha anda verde, a dar formação a professores, a socorrer pais, a apagar fogos em conselhos executivos, a dinamizar turmas onde há queixas de bullying, uma correria louca.

Um exagero, muitas vezes. Uma realidade triste, outras.

No nosso tempo também havia. Eu e a Loca bem nos fartámos de levar carolos de uma certa Aida, negra e grandona que cismava connosco. Num dia de fúria "chegámos-lhe" também. Resolveu-se.

Hoje não se resolve. Complica-se. Dá-se formação. Chama-se a "Escola Segura", a polícia que resolva.

Tenho saudades do bom senso...

Gilberto Gil

"Joguei o meu anzol para o céu
para pescar o sol..."
Lindo. Apesar da chuva, porque ontem só se pescava guarda-chuvas.

"Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar..."
Até quem não tem fé, a fé há-de acompanhar, pelo sim pelo não.
Boa. Preciso de fé e de pescar o sol.

Junto à fogueirnha de papel, na grama do aterro...
"Don't warry, be happy, every little thing is gonna be all right"

No woman no cry, menina não chore assim.

Afinal o Rui Veloso tinha razão: mestre Gil, não se ama alguém que não ouve a mesma canção!

Gilberto Gil, ontem no Coliseu de Lisboa. Um bocadinho rouco. Mais velhinho (66 anos).

"Tempo Rei, oh tempo rei...".
Tempo. Cura tudo. Resolve o que tem a resolver, menos esta saudade de mim mesma a cantar Madalena.

Spoooooooooooooooooortem!

Acho que houve um tempo em que 5 a 3 foi a conta que Deus fez.
Agora, SÓ EU SEI PORQUE NÃO FICO EM CASA!
Beijos repenicados a todos os leões, principalmente aos de estimação: Madalena e seu covil, Espumadamente, Chiqui, C-mim (Michael tu e o Mocho também são, não é ?, não quero ofender ninguém, mas o Melões, sendo do Porto, ontem foi um bocadinho verde, certo?).
Miminhos às águias feridas, mas há dias assim...
Até há dias em que descobrimos que, mesmo sendo díficil, é possível amar alguém que não ouve a mesma canção...




RECADO aos curiosos: A Liz e o Burton, nossos canários que se amam e se bicam, tiveram dois filhinhos, nascidos ontem e anteontem. Era este o significado do recado misterioso do Migas pai ontem.

Dia da Voz

Por algum motivo misterioso, o Blogger não permite colocar fotos. OK; estão chateados pelo meu último post, suponho.
Hoje é dia Mundial da Voz.
Significa que os tibetanos podem falar? E que o Mugabe se vai calare dar a vez aos outros?
Nãaaaaaaao!
Significa que eu, paradoxal saco de hormonas doidas, para combinar com o espírito da coisa, hoje não falo!
Não é protesto... é rouquidão!

Argggggggggghhhhhhhhhh!

Blog é bom.

É de borla, aproxima, cria laços, informa, surpreende, dispõe bem. Nem se percebe, nos dias de hoje, como deixam passar algo que pode trazer felicidade, assim, de graça. Sem cobrarem uma taxa qualquer, sem grandes imposições.

Mas às vezes, o blogger enche o saco. Ontem foi assim: não consegui abrir uma única caixa de comentários para deixar beijinhos.

Hoje já estou a tentar publicar o meu texto há mais de 2 horas.

Argggggghhhhhh!

Dia Mundial do Beijo

Fui ao Espumadamente para agradecer a imensa lição sobre jacintos d'água e tenho a comunicar que o meu era definitivamente um jacinto europeu: esboroou-se todo com a chuvada, só sobrou um toquinho verde e um monte de flores despedaçadas e afogadas em água lamacenta. Um jacinto de primeiro mundo, portanto. O segundo mundo não é lá para as bandas de Carnaxide e tenho dito.

Dizia eu que fui ao Espumadamente, mas como o blogger não deixa postar comentários, vim agradecer aqui. E lá no Espumadamente fiquei a saber que hoje é dia mundial do beijo e eu A-DO-RO beijo! Adooooooooro!!!

Mal posso esperar que o dia acabe para tascar umas beijocas molhadas no Azulão, lambuzar os Azulinhos, beiiiiiiijar, beijar muiiiito.

Bora, lá beijar, malta. Hoje, amanhã, façam horas extras, comemorem. Beijem.

Beijinhos

E eu a pensar que era Primavera

Para celebrar a chegada da Primavera e do meu canarinho no ano passado, plantei jacintos. Juntei as crias, luvas, aventais, sachinho, terra preta e adubo e foi uma bagunça de terra e bolbos.

No tempo que durou a visita do canarinho, o verdinho floresceu, as flores lilazes abriram e um cheirinho bom espalhou-se pela varanda e acompanhava os jantares de "saudáveis" primeiro, besteirinha depois, não é tia?

Sem que lhes voltasse a tocar, este ano floresceram mais cedo. Estavam assim na semana passada.

Não tenho coragem de ir à varanda ver como ficaram depois das chuvas e ventos de ontem...

gosto muito de você, leãozinho...

Caminhando sob o sol... sei que hoje já voltou a chover, o alerta é laranja e os ventos medonhos. Mas desejei um fim de semana de dedinhos ao léu e aconteceu.

Migas, meu leãozinho, passeou nas nuvens com as havaianas que a Dinda mandou embrulhadas em amor.

E os leões voltaram a rugir em Alvalade.

Vai ser tão bom, não foi?

Fim de Semana

Espero que o sol se mantenha. Este fim de semana quero ser este quadro do Botero...

Bom fim de semana a todos.

Bullying, carjacking e, já agora, wireless

Não é culpa nossa: somos tão novos nisto que nem temos palavras na nossa língua para aplicar a estas situações. Com ar grave e solene, os nossos especialistas da comunicação social têm passado as últimas semanas a referir-se ao bullying e ao carjacking como se nada mais se passasse neste país. Claro que ainda fizeram um ensaio com o 1% do IVA , mas a falta de educação, de respeito, o aumento da violência, a histeria colectiva e a alienação tomaram conta do país. Claro que virá sempre um qualquer membro do governo dizer que ainda estamos longe dos números da Europa (nisso e no resto das coisas, aliás).

Com tanto estrangeirismo, o wireless atacou também, transformando os computadores da casa em pouco mais que mulas empacadas. Nada é simples e tudo se complica, como diria Sampé.

Sei que hoje é dia das mentiras, mas juro, Dinda, juro que tentei ligar ontem para dar beijinho de parabéns. O wireless, o computador, os telefones... até carjacking tivemos lá em casa esta semana. Não foi bem carjacking, para dizer a verdade. Era só para combinar com a crónica e manter o estilo. Foi mesmo vidro partido e arrombamento e a violência resumiu-se a terem raptado a tontinha do Tom-Tom, deixando o Azulão sem uma mulher para implicar (sempre que a menina lhe indicava um caminho ele fazia questão de ir por outro, mas agora está triste porque já não a pode contrariar... bem me pergunto para que queria ele o GPS afinal!).

E, já agora, não tenho dúvidas de que, se a Mafalda não desistir definitivamente do Vasco, a Inês será a próxima protagonista do noticionário nacional: já só nos falta o bullying para sermos tão portugueses como os outros...

Ai que modernos estamos!